VIAGENS FILOSÓFICAS
A Pirâmide de Quéops e o Mosteiro da Batalha
Vistas à distância, as pirâmides do planalto de Gizé, a doze quilómetros do Cairo, são belas, compreensíveis e em perfeita harmonia com a paisagem envolvente. É uma imagem que se retém para sempre associada à beleza inolvidável do cenário da Aida de Verdi. Mas, quando estamos perto delas, as sensações modificam-se e a sua imponência esmaga-nos.
Explorada com o olhar a alguma distância, verifica-se que a Grande Pirâmide de Gizé, (ou de Quéops), foi construída de modo que cada uma das faces se compõe, na verdade, de dois planos, formando entre eles um ângulo diedro de tal modo que, nos dias dos equinócios, da Primavera e do Outono, ao nascer do Sol, as partes Leste das faces Sul e Norte ficam na sombra, enquanto as do Oeste são repentinamente iluminadas, provocando assim um contraste de luz. Hoje, esta ocorrência é designada pelos estudiosos como o “relâmpago de Pochan” e tem a brevíssima duração de 20 segundos. O efeito consequente é observável durante cerca de 4 ou 5 minutos. Ao pôr do Sol dá-se o fenómeno inverso: quando as faces do Oeste estão na sombra, as faces do Leste mantêm-se ainda iluminadas. A declinação do Sol, nos equinócios é de 23’ em cada 24 horas.
Pirâmide de Quéops
Planalto de Gizé — cerca de 12 quilómetros da cidade do Cairo