Causas de Algumas Doenças
“A histeria, a epilepsia, a tuberculose e o cancro são o resultado das tendências para uma vida desordenada em vidas pretéritas. Ao investigarmos as vidas passadas de alguns destes doentes verificámos que eles foram, na sua maioria, grandemente sensuais. Satisfizeram intensamente a sua lascívia de modo quase compulsivo – ainda que fossem, ao mesmo tempo, de natureza altamente devota e até religiosa. Identificaram-se distúrbios mentais em pessoas que tinham o corpo físico aparentemente saudável. Noutros casos, em que a natureza passional andava claramente associada a um carácter vil e a uma cruel falta de respeito pelos outros desenvolveu-se a epilepsia, o raquitismo, o histerismo ou mal-conformação do corpo. Em muitos deles verificou-se o aparecimento de cancros, especialmente no fígado e no tórax.
O leitor deverá evitar quaisquer conclusões apressadas considerando esta relação como regra invariável. É certo que fizemos inúmeras investigações, penosas para um único observador. Não podem, todavia, servir para uma conclusão definitiva sobre um assunto que se relaciona com milhões de seres humanos. Não obstante, estão de acordo com os ensinamentos do Conceito Rosacruz do Cosmo dado pelos Irmãos Maiores acerca dos efeitos do materialismo sobre os tecidos moles, que endurecem, como no caso da tuberculose, e nos tecidos duros, que se tornam frágeis, como no raquitismo.
Vejamos o caso das doenças cancerosas.
Se considerarmos que a Lua, o planeta da geração, é o regente do Caranguejo (Cancer), e que a esfera lunar é regida por Javé, o deus da geração, cujos anjos anunciam e presidem ao nascimento – como vemos nos casos de Isaque, Samuel, João Baptista e Jesus – não será difícil compreender a relação entre o abuso da função sexual, o cancro e as variadas formas conhecidas das doenças mentais”1.
“Aquele que tem uma vida sã, que se esforça por se amoldar e obedecer às divinas leis da harmonia, cria à sua volta urna barreira defensiva formada de pensamentos elevados. Tem, ao mesmo tempo, clara influência no ambiente que o rodeia. A sua mente e desenvolver-se-á com harmonia. E quando chegar a altura de preparar o novo corpo físico para a futura vida terrena, no Segundo Céu, estará, fácil e intuitivamente em perfeita sintonia com as forças do equilíbrio e da rectidão. O hábito anteriormente adquirido há-de permiti-lo facilmente.
Tal harmonia, assim impregnada no corpo, terá idêntico reflexo nos outros veículos. A saúde será, por conseguinte, o merecido prémio.
O Segundo Céu é um estado de consciência espiritual por que todos havemos de passar entre renascimentos. Mas o certo é que ainda hoje o número de pessoas dispostas a viver inteiramente em harmonia com a verdade que já conhece, e a defendê-la publicamente pelo exemplo é muito pequeno. Compreende-se que assim seja. E era ainda mais reduzido noutros tempos, antes de Cristo haver estimulado o sentimento de altruísmo. As normas da moral também eram incipientes. O amor à verdade quase ignorado. A indiferença pelos interesses alheios praticamente total. Cada um lutava por si e para si. Apenas se procura a fortuna, o poder ou o prestígio pessoal. Tudo isto deu origem a arquétipos repletos de desarmonia. Desta desarmonia resultaram corpos físicos com enfermidades evidentes, em particular no Ocidente. Esta característica deve-se ao facto de, neste lado do mundo, os corpos densos serem cada vez mais sensíveis ao desenvolvimento da consciência do espírito”.
Compreende-se que a modificação de certos hábitos e modos de ver, aperfeiçoando sempre a nossa conduta, é condição essencial para uma vida longa e saudável.
Max Heindel1
1. In Princípios Ocultos de Saúde e Cura, Cap. V; e Cap. IV; Oceanside, 1984.