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O Casamento e o Progresso Espiritual
O sacramento do matrimónio nada tem de comum com a luxúria. Os seus laços são tecidos pela mistura do sangue dos dois esposos, e não por qualquer outra forma. Nessa altura estabelece-se a união dos "corpos vitais" dos dois seres, que persistirá enquanto durar a sua existência física.
O casamento é uma entrega inocente, em puro amor, sem que qualquer atitude possa alterar a paz de consciência daqueles que a realizam. Mas, se descemos aos domínios da sensualidade, cai-se na luxúria! E certos espíritos que vogam na atmosfera terrestre, humanos que viveram na luxúria e elementais que aspiram a uma convivência íntima com os seres, humanos, interferem nesses luxuriosos, actos! Os humanos, para compartilharem dessas actuações, e os sub-humanos para que, aproveitando a substância que as vibrações desses actos põe em acção, possam criar um corpo e tomarem a nossa forma, tornando-se nossos tiranos São estes os kâma-rûpas dos orientais e os demónios ou diabos da Igreja Católica.
Vício é tudo o que, transborda para fora do normal. Tem os seus graves e fatais defeitos sobre nós, limitando-nos a liberdade e complicando a nossa evolução – a cristificação. Cumpramos a lei divina, mas nunca a maculemos!
A única via segura para o despertar dos poderes do espírito é o aperfeiçoamento individual. Individual, quer do indivíduo quer do espírito. Isto só se consegue por uma vida nobremente vivida, queremos dizer, sem mácula.
Nascemos e renascemos na Terra para realizar experiências nela. Se as experiências são realizadas com elevação (nunca por outra forma, nem fugindo delas), respeitando-nos sempre e aos outros, tudo irá bem. Mas, se só atendemos ao que nos parece útil para nós e para os nossos, tudo irá menos bem: irá mal.
A finalidade da nossa existência terrena é evolucionar. E só temos duas vias para esse fim: o estudo e o respeito pelos outros e por nós mesmos, ou, então, pelo aguilhão do sofrimento. São os dois únicos modos que temos para evoluir. Mas, procurando aprender pelo caminho da Luz, será mais rápida a nossa ascensão, e também mais segura e menos dolorosa. Pelo caminho da transgressão à lei divina só o sofrimento e as vidas sucessivas em tristezas e fel nos levarão a evolucionar.
Temos, portanto, o conhecimento ou o aguilhão do sofrimento para consumar a evolução.
Umas das primeiras aquisições obtidas com o despertar é a visão espiritual, que não tem limites. Ela mostra-nos o que é físico e o que pertence ao plano espiritual. Ora, se nós não estivermos preparados para a visão física, como o poderemos estar para a espiritual?
É usando os olhos físicos, que cometemos crimes. Como iríamos usar a visão espiritual?
E, depois como iríamos suportar esta faculdade? Porque, quando a visão espiritual desperta, não vemos somente o que queremos. Mas o que esse poder visual nos apresenta. Poderia a nossa capacidade emocional, suportar tudo o que se nos deparasse no ambiente em que nos movemos? Tudo quanto a maldade dos seres humanos é capaz de pensar está armazenada na atmosfera que envolve a Terra! Portanto, as formas construídas pelo mal (por serem mais densas), são a primeira coisa que vemos. Cuidemos, então, em primeiro lugar, do nosso aperfeiçoamento. E a graduação espiritual virá a seguir sem os perigos que sempre espreitam.
Temos tanto que aprender no ambiente da nossa visão física, que o melhor que temos a fazer é cuidar primeiro desse complexo sector. E depois se irá então ao hiperfisico.
Francisco Marques Rodrigues
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