A Rosa e o Seu Simbolismo
Todas as flores nos trazem uma sublime mensagem de pureza e amor, mas nós, absorvidos na ânsia de experiência terrena, não lhe prestamos a devia atenção. E nada lucramos procedendo assim.
No Oriente há uma planta estranha que também existe em Portugal – que desenvolve poderosas raízes no lodo repugnante dos pântanos, mas eleva Sol as suas folhas e flores. É o nenúfar, ou lótus. Liga-se a esta planta uma importância transcendente, porque ela tem qualquer analogia com o ser humano, pois finca no lodo as suas raízes em busca de sustento, e lança os seus pecíolos através da água, em busca do ar e da luz fecundante do Sol.
(...)
Para tornar o lótus mais estranho, a sua flor abre todos os dias ao «nascer» do Sol, para receber o seu longo beijo, e quando a estrela do dia se aproxima do ocaso cerra as suas pétalas e recolhe novamente ao seio da água, para na manhã seguinte emergir de novo e reabrir gloriosamente as suas branquíssimas pétalas, para que o sol beije de novo a sua amarela corola, os seus órgãos geradores, instalados nela, dando-lhe em pleno a vida que há-de fecundar as suas sementes. E esta estranha operação vai repetir-se durante vários dias, até que o mistério da fecundação se consume. Porém, quando as semente estão fecundadas a maravilhosa flor do lótus não volta ao sei das águas lodacentas do pântano, mas abandona-se a si mesma na superfície. As suas belas pétalas começam logo a murchar e vão apodrecer, enquanto no gineceu a vida acumulada nas sementes se prepara para uma nova e triunfante reprodução ninfeácea.
Também o homem vem para a Terra por vias impuras, para que evolua, seja cada vez mais perfeito como o seu Criador, que está nos Céus. As a sua falta de educação moral profunda, realista, sem fantasias hipócritas, não o deixa conhecer o sagrado dever da reprodução, que a mensagem das flores nos patenteia e ensina cm o mais profundo realismo e pureza.
(...)
O Criador não nos deu órgãos reprodutores para nos perder, mas para nos permitir uma evolução mais fácil e harmoniosa. Porém, nós é que, ignorando a realidade, nos desviamos do caminho do dever para o da transgressão. Por isso temos a inteira responsabilidade das nossas acções e havemos de lhe sofrer as consequências. Vivemos iludidos e somos constantemente surpreendidos pela dor e a amargura que, desfazendo as nossas ilusões, procuram despertar-nos para uma conduta correcta.
Temos órgãos para reproduzirmos a forma e ao usá-los sentirmos alegria sã, encorajante para esta série de lutas que se chama vida. Por isso é necessário conhecer o mistério do sexo, diluir a ignorância que nos eleva por vias lodacentas como faz a ninfeia na sua luta pela existência, encaminhando as suas raízes fortes como são os nossos instintos vis através do lodo pestilento, mas como ela buscando o ar e a luz puríssimos que nos fortalecerão com sabedoria.
Na medida que o homem e a mulher buscarem um no outro o que lhes falta e souberem que dentro dos seus corpos feitos de lodo há uma flor radiosa de perfume e beleza, como no lótus, e que ambos unidos pelo amor poderão ser imensamente felizes, não voltarão a ser carrascos um do outro, e uma sociedade formada com tal cultura será perfeita, em corpo e alma.
(...)
No Ocidente é a rosa que nos fala do poder criador que vem de Deus e para Deus nos desperta, pois somos seus lho e andamos na Terra em busca da graduação para experiência nos domínios do terreno. Só estaremos graduados como deuses quando tivermos aprendido as lições que a Terra nos reserva.
O lodo em que o golfão vive fala-nos da queda do Homem, os Espíritos Virginais, se experiência, inocentes, no pântano dos desejos que nos amarram à Terra. A Terra em que a roseira encaminha as suas raízes não tem o aspecto repugnante do lodo, nem o seu nauseante e doentio cheiro; e não se eleva na água estagnada mas no ar impregnado de oxigénio, o que alimenta o fogo. Todavia, o seu corpo está eriçado de espinhos ameaçadores. Assim, a roseira nos fala do Homem dominado pelos instintos e levado por eles cria responsabilidades que não o deixarão ser feliz, pois tem de esperar sempre pelo resultado das suas acções. E como a maior parte delas é má, porque feriram os outros, os seus frutos estão simbolizados nos espinhos da roseira, prontos para ferirem. Porém, quando chega a altura de se reproduzir, a roseira dá-nos a sua flor, bela na fora, na cor e no perfume; e na sua corola mostra-nos como o ato de reprodução deve ser praticado com simplicidade e pureza, pois vemos como os estames elabora o pólen, elemento fecundante masculino, e como os pistilos se erguem e aprontam para perceber e conduzir os gineceu o elemento fecundante. Tudo em meio de grande alegria e felicidade que emergem da beleza das formas, da suas cores e perfumes.
(...)
Falta aos seres humanos uma preparação para o casamento. por isso, a maioria esmagadora dos casais são infelizes, muitos adoecem e morrem , ou se desfazem, pois fora, mal organizados.
Só deve falar do casamento quem sabe, pelo que estudou e pelo que viveu, para com maior segurança encaminhar os ouros.
São muitos os livros sobre a vida sexual, mas poucos os que são dignos de confiança. Porque aos seus autores nem sempre a ciência e a moral lhes deram apoio, mas apenas a morbidez contagiosa e o desejo de dinheiro os moveram a produzir tais obras, que fazem mais mal que bem.
(...)
Os cristãos viram sempre na rosa o símbolo do amor, da virtude e da compaixão.
A rosa simboliza o estado de perfeição que o ser humano há-de alcançar quando tiver o seu próprio sangue liberto de todo o desejo impuro, for casto, análogo a Cristo.
Por este motivo a rosa e a cruz são o símbolo da mais elevada iniciação.
Nos antigos mistérios do Egipto a rosa era consagrada a Isis, a Lua, que é a condutora dos processos de reprodução, tanto através do sexo como do intelecto, e por isso a rosa foi emblema importantíssimo naqueles mistérios cheios de sabedoria, tanto sob o ponto de vista místico-hermético, como na tradição Rosacruz.
Para tornar o lótus mais estranho, a sua flor abre todos os dias ao «nascer» do Sol, para receber o seu longo beijo, e quando a estrela do dia se aproxima do ocaso cerra as suas pétalas e recolhe novamente ao seio da água, para na manhã seguinte emergir de novo e reabrir gloriosamente as suas branquíssimas pétalas, para que o sol beije de novo a sua amarela corola, os seus órgãos geradores, instalados nela, dando-lhe em pleno a vida que há-de fecundar as suas sementes. E esta estranha operação vai repetir-se durante vários dias, até que o mistério da fecundação se consume. Porém, quando as semente estão fecundadas a maravilhosa flor do lótus não volta ao sei das águas lodacentas do pântano, mas abandona-se a si mesma na superfície. As suas belas pétalas começam logo a murchar e vão apodrecer, enquanto no gineceu a vida acumulada nas sementes se prepara para uma nova e triunfante reprodução ninfeácea.
Também o homem vem para a Terra por vias impuras, para que evolua, seja cada vez mais perfeito como o seu Criador, que está nos Céus. As a sua falta de educação moral profunda, realista, sem fantasias hipócritas, não o deixa conhecer o sagrado dever da reprodução, que a mensagem das flores nos patenteia e ensina cm o mais profundo realismo e pureza.
(...)
O Criador não nos deu órgãos reprodutores para nos perder, mas para nos permitir uma evolução mais fácil e harmoniosa. Porém, nós é que, ignorando a realidade, nos desviamos do caminho do dever para o da transgressão. Por isso temos a inteira responsabilidade das nossas acções e havemos de lhe sofrer as consequências. Vivemos iludidos e somos constantemente surpreendidos pela dor e a amargura que, desfazendo as nossas ilusões, procuram despertar-nos para uma conduta correcta.
Temos órgãos para reproduzirmos a forma e ao usá-los sentirmos alegria sã, encorajante para esta série de lutas que se chama vida. Por isso é necessário conhecer o mistério do sexo, diluir a ignorância que nos eleva por vias lodacentas como faz a ninfeia na sua luta pela existência, encaminhando as suas raízes fortes como são os nossos instintos vis através do lodo pestilento, mas como ela buscando o ar e a luz puríssimos que nos fortalecerão com sabedoria.
Na medida que o homem e a mulher buscarem um no outro o que lhes falta e souberem que dentro dos seus corpos feitos de lodo há uma flor radiosa de perfume e beleza, como no lótus, e que ambos unidos pelo amor poderão ser imensamente felizes, não voltarão a ser carrascos um do outro, e uma sociedade formada com tal cultura será perfeita, em corpo e alma.
(...)
No Ocidente é a rosa que nos fala do poder criador que vem de Deus e para Deus nos desperta, pois somos seus lho e andamos na Terra em busca da graduação para experiência nos domínios do terreno. Só estaremos graduados como deuses quando tivermos aprendido as lições que a Terra nos reserva.
O lodo em que o golfão vive fala-nos da queda do Homem, os Espíritos Virginais, se experiência, inocentes, no pântano dos desejos que nos amarram à Terra. A Terra em que a roseira encaminha as suas raízes não tem o aspecto repugnante do lodo, nem o seu nauseante e doentio cheiro; e não se eleva na água estagnada mas no ar impregnado de oxigénio, o que alimenta o fogo. Todavia, o seu corpo está eriçado de espinhos ameaçadores. Assim, a roseira nos fala do Homem dominado pelos instintos e levado por eles cria responsabilidades que não o deixarão ser feliz, pois tem de esperar sempre pelo resultado das suas acções. E como a maior parte delas é má, porque feriram os outros, os seus frutos estão simbolizados nos espinhos da roseira, prontos para ferirem. Porém, quando chega a altura de se reproduzir, a roseira dá-nos a sua flor, bela na fora, na cor e no perfume; e na sua corola mostra-nos como o ato de reprodução deve ser praticado com simplicidade e pureza, pois vemos como os estames elabora o pólen, elemento fecundante masculino, e como os pistilos se erguem e aprontam para perceber e conduzir os gineceu o elemento fecundante. Tudo em meio de grande alegria e felicidade que emergem da beleza das formas, da suas cores e perfumes.
(...)
Falta aos seres humanos uma preparação para o casamento. por isso, a maioria esmagadora dos casais são infelizes, muitos adoecem e morrem , ou se desfazem, pois fora, mal organizados.
Só deve falar do casamento quem sabe, pelo que estudou e pelo que viveu, para com maior segurança encaminhar os ouros.
São muitos os livros sobre a vida sexual, mas poucos os que são dignos de confiança. Porque aos seus autores nem sempre a ciência e a moral lhes deram apoio, mas apenas a morbidez contagiosa e o desejo de dinheiro os moveram a produzir tais obras, que fazem mais mal que bem.
(...)
Os cristãos viram sempre na rosa o símbolo do amor, da virtude e da compaixão.
A rosa simboliza o estado de perfeição que o ser humano há-de alcançar quando tiver o seu próprio sangue liberto de todo o desejo impuro, for casto, análogo a Cristo.
Por este motivo a rosa e a cruz são o símbolo da mais elevada iniciação.
Nos antigos mistérios do Egipto a rosa era consagrada a Isis, a Lua, que é a condutora dos processos de reprodução, tanto através do sexo como do intelecto, e por isso a rosa foi emblema importantíssimo naqueles mistérios cheios de sabedoria, tanto sob o ponto de vista místico-hermético, como na tradição Rosacruz.
Francisco Marques Rodrigues