Números
O astrónomo americano Carl Sagan escreveu num artigo: “Se numa galáxia existem, em média, 1011 de estrelas, e se existem 1011 galáxias, então temos 1022 de estrelas”.
Esta forma matemática de escrever evita enganos graves. Todos sabemos que um bilião de contos é muito dinheiro. E na América, será também assim? Não se trata de um problema de câmbio, mas... de zeros. Na Grã-Bretanha e em toda a América, um bilião é o algarismo 1 seguido de nove zeros. Na Europa, é o algarismo 1 seguido de doze zeros. Não se trata de uma diferença no sistema de numeração, mas no nome usado para designar os números.
Nos dois lados ao Atlântico, 1 milhão é o resultado da multiplicação de mil por mil. É representado por 1 seguido de seis zeros. Esse milhão, multiplicado por mil, dá um número formado por 1 seguido de nove zeros. Nos chamamos-lhe mil milhões; na América lê-se um bilião. Para nós, na Europa, um bilião é o 1 seguido de doze zeros, ou seja, o resultado da multiplicação de 1 milhão por um 1 milhão. Na América esse número é o trilião.
A forma de terminar com essas ambiguidades seria usar a notação exponencial e dizer-se, por exemplo, 102 em vez de 100; 106 em vez de um milhão, o que não é fácil na linguagem corrente.
Deve-se ter em conta este assunto ao ler as obras de Max Heindel. Por exemplo, Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, vol. II, perg. 34. O Quadro seguinte ajudará a esclarecer este curioso assunto.
Nome |
Número Escrito |
Nota- |
|
América |
Europa |
||
Um Mil Milhão Bilião Trilião Quatrilião Quintilião Sextilião Septilião |
Um Mil Milhão Mil milhões Bilião Mil biliões Trilião Mil triliões Quatrilião |
1 1 000 1 000 000 1 000 000 000 1 000 000 000 000 1 000 000 000 000 000 1 000 000 000 000 000 000 1 000 000 000 000 000 000 000 1 000 000 000 000 000 000 000 000 |
— 10^3 10^6 10^9 10^12 10^15 10^18 10^21 10^24 |
Nota: ^ significa (exponencial) elevado a |