Do Mitraísmo ao Cristianimo
Os Romanos tinham diversos deuses. O número das suas divindades deve ter sido imenso. Uma parte foi retirada do panteão grego e das regiões conquistadas. Os Lares e os Penates são dos mais conhecidos. Os Lares eram os espíritos dos antepassados1. A sua função era a de proteger a casa. O culto consistia em ter uma estátua ou imagem, colocada junto à lareira, numa aedes, nicho, ou num lararium, uma espécie de oratório ou capela particular. A estátua tinha, naturalmente, um significado simbólico. A sua finalidade consistia em manter viva a memória dos antepassados e pedir-lhes protecção. Neste contexto familiar e íntimo, cada um ia desenvolvendo lentamente o seu lado espiritual. Alumiavam-na com lâmpadas, símbolos de vigilância. O fogo simboliza a alma e nunca devia apagar-se. O pai, descendente directo dos antepassados, o paterfamílias, deveria responsabilizar-se por manter vivo o culto e seus rituais2. Os Lares Compitales, ou Lares que guardavam as encruzilhadas, possuíam um nicho em cada uma delas. E os Lares Praestites, os Lares Protectores, guardavam os caminhos e as muralhas. Uns e outros lembram-nos as nossas tradicionais “alminhas”.