O Efeito Mozart
No 6º mês de gravidez a criança já percebe claramente os sons que chegam de fora do corpo materno. Consegue identificar a voz do pai e da mãe. Começa então a desenvolver a sua capacidade adaptativa aos lugares barulhentos. No entanto, o som dos batimentos cardíacos da mãe é o que predomina no mundo sonoro do bebé. A regularidade do ritmo cardíaco da mãe confere à criança um sentimento de segurança. Basta observar um recém-nascido: para o acalmar ou adormecer é suficiente colocá-lo ao peito materno, do lado do coração, ou confortá-lo com um suave batimento rítmico da mão.
Também ficou demonstrado que os bebés antes de nascerem já têm preferências musicais e até gustativas. Manifestam claro interesse pela música de Mozart e Vivaldi; e é muito claro o desagrado pela música de rock ou de Brahms. A observação da actividade motora de um bebé de 4 meses revela claramente que as crianças se manifestam mais tranquilas, ou mais atentas e, por isso, apresentando maior imobilidade, durante a audição da sinfonia nº 40 de Mozart do que no decorrer de uma peça musical dancing12.
A descoberta do Efeito Mozart ocorreu em 1993 na Universidade de Wisconsin. Um neurologista, Fran Rauscher, verificou que os estudantes universitários melhoravam o raciocínio espacio-temporal depois de ouvirem os primeiros 10 minutos da Sonata Para Dois Pianos, em Ré Maior (K.448), de Mozart. Mediu esse efeito com o teste Stanford-Binet13.